A iniciativa envolve a criação de um site que finge oferecer esse tipo de material na esperança de que pedófilos sejam atraídos para a página.

Qualquer um que acessar o site vai se deparar com uma mensagem na tela que diz que a Interpol vai circular os detalhes do usuário para 180 países.

Um correspondente da BBC diz que esse é o primeiro esforço internacional coordenado para convencer pedófilos de que a internet está sendo policiada e que suas atividades estão sendo monitoradas.

Pornografia infantil

Entre os países que participam desse projeto estão Grã-Bretanha, Estados Unidos, Canadá e Austrália. O mercado da pornografia infantil é muito lucrativo e acredita-se que crianças são abusadas sexualmente diariamente para satisfazer a demanda. A polícia britânica já tem os detalhes de 7,2 mil pedófilos como resultado da Operação Ore, que localizou os usuários de uma página na internet gerada por um grupo americano em 1999. Segundo o governo britânico, a Operação Ore levou a buscas em 3.205 computadores. A Operação Ore levou ao indiciamento de 723 pessoas, das quais 277 foram condenadas.

O sistema, chamado de Childbase, ajudará a identificar pedófilos e suas vítimas em questão de segundos.

O governo está utilizando um software sofisticado para comparar o rosto das pessoas que aparecem em fotos abusivas com as de pessoas investigadas em casos de pedofilia.

O sistema pode reconher os investigados mesmo se eles engordarem ou mudarem o corte de cabelo e já foi utilizado para identificar irmãs e irmãos de vítimas de pedófilos.

Casos urgentes

Segundo a polícia, o programa vai ajudar a manter os investigadores concentrados nos casos mais urgentes, ao possibilitar a checagem sobre a existência de novas vítimas ou pedófilos.

Os policiais informaram que será possível discernir material novo de material velho, e ainda será indicado se o caso em questão já foi investigado pela polícia.

Jim Gamble, Esquadrão Nacional cotra o Crime, grupo que é responsável pela adoção do sistema, disse que o programa já salvou crianças que haviam sido maltratadas.

O banco de dados já contém 220 mil imagens de situações abusivas, envolvendo 20 mil crianças de todo o mundo.

Até agora, policiais investigando fotos retiradas de computadores de suspeitos enfrentavam um processo lento, tendo que checar milhares de imagens para verificar a existência de alguma ligação.

A habilidade do sistema de mapear rostos e transformá-los em uma série de dígitos que podem ser comparados com imagens já existente significa que o processo pode agora ser completado quase instantaneamente.