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11/07/2007 - 20h16 - Atualizado em 11/07/2007 - 20h58 MP-SP denuncia 13 detetives por irregularidadesSegundo MP, detetives grampeavam ligações e quebravam sigilos bancários.
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Uma série de crimes levou o Ministério Público de São Paulo a denunciar 13 detetives particulares. Eles faziam escutas telefônicas ilegais e violavam informações bancárias para atender a clientes que variavam de maridos desconfiados a empresas interessadas na vida privada de seus funcionários. |
Os detetives possuíam páginas na internet em que prometiam “solucionar qualquer tipo de problema nas áreas comercial, industrial e conjugal”. A reportagem do Jornal Nacional gravou uma conversa com um dos detetives sem que ele soubesse que o diálogo estava sendo registrado. Em um das partes da conversa o detetive pergunta: “Pelo CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) dele eu já faço uma busca e vejo se ele tem carro no nome dele, se ele comprou uma casa, entendeu?” Por fim, o detetive fala das vantagens de ouvir conversas privadas. “Quando a pessoa liga pra casa, para discutir sobre assunto pessoal, você vai entender o caráter da pessoa, a personalidade da pessoa”, conclui. Segundo o MP-SP, seis dos investigadores pertencem à família de um homem apontado como o chefe da quadrilha. Também foram denunciados sete funcionários que prestam serviços para empresas de telefonia fixa e operadoras de celular. Segundo a investigação dos promotores do MP-SP, após a ordem dos detetives, eles grampeavam os números passados em menos de duas horas. O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo Pinho, disse ter ficado espantado com crime. “O que impressiona é a facilidade com que esse grupo de criminosos invade a intimidade das pessoas. Invadem o relacionamento privado e merecem uma punição severa”, afirma. Silvane Alves foi uma das vítimas dos detetives. O marido dela não se conformou com a separação do casal e contratou os serviços de um deles. “Ele (o detetive) tinha acesso a tudo o que eu fazia, o que eu deixava de fazer, até o pediatra que eu tinha levado o meu filho”, conta Silvane. Só com a investigação do MP-SP, a mulher descobriu que tudo o que falou ao telefone durante dois meses foi ouvido por pessoas que ela nem conhece. ”A minha privacidade só diz respeito a mim e mais ninguém”, protestou. O Ministério Público pediu ainda o seqüestro de dois bens da quadrilha: carros importados, avaliados em mais de R$ 1 milhão. |
É meu dever saber das coisas.
Talvez eu me tenha treinado para ver aquilo que os outros olham superficialmente"
Sherlock Holmes
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